quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Menos desapropriações no campo, mais violência: eis o circo dos horrores do Governo Dilma








Os dados apresentados pela campanha em defesa  da reforma agrária, lançada pelo Sindicato dos Peritos Federais Agrários do INCRA, que estão em greve por condições dignas de trabalho, atestam que os Governos Lula e Dilma abandonaram, definitivamente as políticas públicas em reforma agrária. Os dados demonstram que os dois governos do PT desapropriaram menos que os governos de FHC.  


Estes dados apenas refletem a opção dos sucessivos governos brasileiro por um modelo de desenvolvimento pautado na exportação de commodities agrícolas e minerais, em detrimento do conjunto dos trabalhadores rurais, que são vitimados por uma agenda dos “lucros infinitos”, que culmina  em assassinatos, despejos, ameaças de morte de centenas de lideranças campesinas brasileiras, bem como o trabalho escravo.

Neste palco dos horrores, onde estrelam figuras como Kátia Abreu ( senadora pelo Tocantins e presidente da CNA), Gleisi Hoffmann (Ministra da Casa Civil), Edson Lobão (Ministro das Minas e Energia) e Dilma,  se observa  um movimento de desconstitucionalização  de vários direitos desconstruir  alcançados pelos Movimentos do Sociais do Campo (CONTAG, MST, CPT, CIMI e outros) na Constituinte e concretizadas na Carta Magna, tais como o direito da propriedade definitiva das comunidades quilombolas,  os direitos originários dos indígenas  sobre as terras que tradicionalmente ocupam e o direito à reforma agrária. 

Numa ponta oposta, empresas do agronegócio e da mineração, diante da inércia consentida do Governo Federal, avançam sobre áreas de comunidades tradicionais, de agricultores familiares, provocando a morte e destruição dos povos e das florestas e aumentando, numa relação diretamente proporcional com a violência, seus lucros, sempre bilionários. 

O Maranhão, um dos estados da federação que apresenta, historicamente, maiores números de conflito agrário e trabalho escravo, viu sua população rural reduzir de 60% em 1996, para pouco mais de 30% em 2013. Para além dos números, observa-se a destruição de comunidades inteiras e seus vários modos de pensar, de produzir e de viver. Uma situação dramática que envolve milhões de migrantes, todos os dias, que se agrupam nas periferias, que morrem nas filas dos hospitais públicos ou que acabam virando escravos.
Aos movimentos sociais, cabe a construção de uma agenda unitária de lutas e mobilizações permanentes para os próximos períodos. As mobilizações da cidade, ocorridas em 2013, servem de exemplo para o conjunto dos trabalhadores rurais e suas organizações. A guerra está em curso, os inimigos são claros. Ou lutamos ou morreremos!

 






 

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